Bonde de Santa Teresa vai voltar a se conectar com o Trem do Corcovado após mais de 50 anos
Uma das experiências mais icônicas do Rio de Janeiro está prestes a ganhar um reforço de peso. Após mais de cinco décadas, o tradicional bonde de Santa Teresa vai voltar a se conectar ao Trem do Corcovado, oferecendo um trajeto direto e cheio de charme até o Cristo Redentor.
Essa novidade resgata um pedaço da história carioca e promete atrair tanto moradores quanto turistas para um passeio com vista privilegiada da cidade.
A volta de uma conexão histórica
O trecho entre os pontos Dois Irmãos e Silvestre, que estava desativado desde 2008, está prestes a ser reaberto. A conexão entre o bonde de Santa Teresa e o Trem do Corcovado não acontecia desde 1966, quando chuvas fortes causaram danos à infraestrutura da época.
Agora, com as obras em fase final, a expectativa é que os testes com os bondes comecem ainda em outubro de 2025. A primeira viagem, marcada para o dia 27 deste mês, será um passeio inaugural para convidados.
Quando tudo começa para valer?
A operação oficial, com todos os passageiros, está prevista para acontecer ainda em 2026. No entanto, os testes com viagens assistidas já vão permitir que parte do trajeto seja utilizada ainda este ano.
Esse novo percurso oferece uma alternativa interessante para quem quer chegar ao Cristo Redentor sem precisar pegar carro ou van — tudo usando transporte sobre trilhos.
Como será o novo trajeto do bonde de Santa Teresa?
O ramal Silvestre tem cerca de 5 km e foi completamente reformado. As obras incluíram:
Substituição de trilhos
Concretagem e asfaltamento do leito
Modernização de estruturas
Sinalização e segurança
Faltam apenas 300 metros de trilhos para a obra estar 100% concluída.
Estação Silvestre deve virar novo ponto turístico
Além da reativação da linha, há planos para revitalizar a área da antiga Estação Silvestre. A proposta inclui a criação de:
Um pequeno restaurante ou café
Espaço de descanso com vista para a floresta
Hospedagem com cerca de 8 quartos
A previsão é que esse espaço seja entregue até o final de 2026, trazendo mais movimento à região e reforçando o apelo turístico do bairro.
O bonde como transporte e patrimônio
O bonde de Santa Teresa não é só um meio de transporte. Ele carrega décadas de história, cultura e identidade carioca. Recentemente, o ramal Paula Mattos também foi reativado, após mais de uma década parado, e já voltou a operar com passageiros.
A expectativa com a reabertura completa da rede é atrair mais pessoas, integrar o bairro a outros pontos turísticos e fortalecer o turismo sustentável.
Desafios para manter os trilhos funcionando
Apesar do entusiasmo, operar o sistema de bondes exige investimento e planejamento. Os custos mensais de manutenção giram em torno de R$ 1,5 milhão, enquanto a arrecadação com tarifas ainda é de cerca de R$ 500 mil.
Mesmo assim, a aposta é que a nova conexão aumente o fluxo de passageiros e torne o sistema mais sustentável a médio prazo. O governo estadual estima que mais de 40 mil pessoas serão beneficiadas com essa integração.
Um novo capítulo para Santa Teresa
A reativação do ramal Silvestre simboliza mais do que a volta de uma linha de bonde: é um reencontro da cidade com sua história, com seus trilhos e com um jeito mais tranquilo de circular pelo Rio.
Para quem vive ou frequenta Santa Teresa, essa mudança representa novas possibilidades — de mobilidade, de turismo, de valorização do bairro.
E para quem visita, é a chance de vivenciar o Rio sob um ângulo diferente, entre ladeiras, bondes e uma vista inesquecível para o Cristo.
Conclusão
A reativação do ramal Silvestre simboliza mais do que a volta de uma linha de bonde: é um reencontro da cidade com sua história, com seus trilhos e com um jeito mais tranquilo de circular pelo Rio.
Para quem vive ou frequenta Santa Teresa, essa mudança representa novas possibilidades — de mobilidade, de turismo, de valorização do bairro.
E para quem visita, é a chance de vivenciar o Rio sob um ângulo diferente, entre ladeiras, bondes e uma vista inesquecível para o Cristo.
